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Entidades defendem a adequação da substituição tributária ao Simples
O mecanismo de compensação não deve ser entrave para a concretização da proposta na avaliação das entidades
			Fonte: Jornal do Comércio		
		
		Um encontro rápido ontem marcou a apresentação de sugestões sobre a matriz tributária por parte dos setores produtivos ao governador Tarso Genro. O documento, resultado de um pedido feito pelo próprio governador há cerca de um mês, propõe a adequação da substituição tributária às empresas integrantes do Simples. Contrariamente ao exigido por Tarso, não prevê um equilíbrio nas arrecadações, com um cálculo de renúncia do Estado de R$ 181 milhões por ano.
O mecanismo de compensação não deve  ser entrave para a concretização da proposta na avaliação das entidades.  A contrapartida para o Estado, avaliam, é a maior formalização das  micro e pequenas empresas (MPEs). “A perda é pequena, considerando que o  orçamento estadual é de R$ 20 bilhões”, considerou o primeiro  vice-presidente da Fecomércio, Luiz Carlos Bohn. De acordo com a  proposta, haveria uma redução gradativa do ICMS até 70%, o que deve  reduzir de 17% para 5% a tributação às empresas.
As entidades se mostraram  satisfeitas com a reação do governador, que deve encaminhar o documento à  Assessoria Superior e à Secretaria da Fazenda. “Entendemos que estamos  dando uma oportunidade ao governo de restituir esse benefício que eles  já tinham antes da generalização da substituição tributária”, acredita  Bohn, baseado nas adequações ao Simples já realizadas pelo governador no  início do ano.
O titular da Secretaria da  Fazenda, Odir Tonollier, preferiu não comentar sobre os impactos do  projeto para as contas do Estado. Segundo o secretário, a apresentação  não tem caráter definitivo. “Temos um cenário construtivo e, como nós,  as entidades não querem comprometer a situação do Estado, e sim  proporcionar uma dinamização na economia”, sentenciou. O secretário  disse não saber prever o prazo para a análise do documento, mas que ela  será feita em processo de diálogo e com a mesma atenção dada às  discussões sobre o Simples Gaúcho, mantidas desde o início do governo  Tarso.
A sugestão foi encaminhada por  lideranças da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), da  Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul  (Federasul), da Federação do Comércio de Bens e Serviços do Rio Grande  do Sul (Fecomércio), da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do  Rio Grande do Sul (FCDL-RS), da Federação da Agricultura do Estado do  Rio Grande do Sul (Farsul) e do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas  Empresas (Sebrae).
Durante reunião com o segmento  em julho, o secretário- executivo do Conselho de Desenvolvimento  Econômico e Social (CDES-RS), Marcelo Danéris, solicitou a elaboração do  documento e adiantou aos dirigentes que o governo não tem qualquer  projeto de aumento de impostos e que tem limites para renúncia da  receita. Conforme ele, o aprofundamento do debate seria dado caso  houvesse consenso da possibilidade de um equilíbrio tributário.